Volta ao momento em que decidiste iniciar o negócio!
Lembras-te do porquê?
Como te sentias nessa altura?
Quais eram os teus sonhos?
Quais eram as tuas expectativas?
Eu sentia-me capaz de tudo mas sem noção do que realmente é criar e/ou ter algo nosso. Tu tinhas noção?
Sabes, percebi e aprendi com a minha mentora que, efectivamente, eu tinha uma visão romântica do que era ter um negócio.
O que eu quero dizer com isto?
Na minha mente, bastava eu criar um plano, fazer meia dúzia de coisas e pronto voilá.
Pensava eu, que dizia nas redes sociais o que fazia, publicitava e as coisas aconteciam, mas com o tempo percebi que não funcionava assim …. Quer dizer, dependendo do caso até pode ser assim, cada caso é um caso, mas no meu, em específico, não ia funcionar dessa forma.
Eu iniciei um projeto, alinhado com aquele que eu acredito ser o meu propósito, porque não haveria de dar certo?
Propósito = paixão + competências = Negócio = Realização
Fórmula de sucesso, sim, mas a esta fórmula temos de acrescentar mais uns pózinhos mágicos para ganharmos dinheiro com a coisa. Ora não vou ser hipócrita, eu queria ser livre, trabalhar para mim, à minha maneira mas também queria, e quero, ganhar dinheiro com isto. ( e tu? )
Quando decidi dedicar-me a full-time ao meu negócio, as coisas não correram bem de início.
Comecei a sentir-me distante, “desapaixonada” e comecei a questionar a minha decisão.
Porquê?
Basicamente, entrei no campo do “eu tenho de fazer isto, tenho de fazer aquilo”. Sentia-me obrigada.
Fui-me “desapaixonando” pela minha ideia e deixei de me sentir conectado com o negócio.
Até que percebi que não era a única a sentir-me assim …
Ora, faço sessões em grupo com empreendedoras, que “precisam” de definir o propósito do seu negócio.
Aliás, já tinham um propósito (do negócio) definido, no entanto com o avançar do negócio, com a obrigação do “tenho que fazer”, esqueceram-se!
No decorrer das sessões percebi que estavam muito focados no que o cliente queria ou no que queriam dar ao cliente; não tinham uma visão concreta daquilo que realmente querem alcançar ou de quem são dentro do projecto.
É extremamente importante criar e estabelecer esta conexão com o negócio senão corres o risco de te transformar “escrava” da obrigação do fazer e não do prazer de estarmos a criar algo bom na e para a tua vida.
Também te sentes assim?
Sabes que um propósito pessoal é diferente de ter um propósito de um negócio, podem estar alinhados, sem dúvida, mas são distintos.
Devemos explorar e desenvolver a consciência de ambos os propósitos.
Percebi dentro das sessões que elas sentiam-se da mesma forma que eu, ou seja, estavam focadas na obrigação de fazer e não daquilo que lhes faz sentido, efetivamente, fazer.
Muitas vezes, queremos iniciar um negócio com a ideia de que depois podemos fazer o que nos apetecer, NIM!!
Imagina a lida da nossa casa, existem coisas que gostamos de fazer e outras não.
Olha, eu gosto de limpar bem a cozinha mas já não gosto tanto de tratar da roupa.
Tenho três hipóteses:
- Mesmo não gostando do que faço, mesmo que me sentindo obrigada, percebo que preciso fazer para ter roupa para usar e avanço!
- Posso simplesmente não fazer!
- Ou então, posso delegar!
O mesmo acontece com o negócio!
Vai acontecer que tenhas de fazer determinadas tarefas que não gostes tanto mas que sejam certas para o nosso negócio.
Sabes o que se adequa ao teu?
Fazer o certo para o negócio, não é fazer o que outros fazem mas sim aquilo que é certo para o teu e que vai servir a tua vida, principalmente no que diz respeito a implementação de estratégias!
Imagina, no meu caso é importante, eu fazer vídeos em directo ( EU ODIAVA ESSA POSSIBILIDADE) mas é uma forma de:
– Criar a minha autoridade.
– Criar envolvimento.
– Transmitir a minha mensagem.
– Chegar ao meu cliente ideal.
Em vez de ver, os directos, como uma obrigação, tive que começar a pensar, perceber a importância e o impacto no meu desenvolvimento enquanto mentora e empreendedora
Decidi fazer e avançar porque me fez sentido!
Isto tudo para te dizer o quê …
O negócio tem que servir a nossa vida e não o contrário.
Se sentes que algo não está bem:
Analisa se estás a tomar as decisões certas e não as decisões que supostamente deves tomar porque é o melhor.
Define o propósito do teu projecto.
Define objectivos concretos, viáveis e adequados ao teu momento.
Descobre quem és dentro do teu projecto.
Se puderes, procura um mentor.
Tu e o negócio são um! Um serve o outro!
Acima de tudo, reaviva a paixão que te levou a iniciares essa caminhada, no entanto não te esqueças, nada é estanque, tudo muda.
O projeto de negócio, nós, está à nossa volta.
Talvez agora queiras fazer diferente mas então avança sem nunca te esqueceres de ti nesse processo.
Acima de tudo mereces ser feliz e realizada enquanto empresária!